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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mineradora de vanádio amplia geração de empregos na Bahia


Um investimento de US$ 260 milhões - aproximadamente R$ 500 milhões - que vai gerar 1.200 empregos durante a implantação e outros 400 quando estiver em operação, começa a ser concretizado nesta quinta-feira (21), no município de Maracás, na Chapada Diamantina. O governador Jaques Wagner e a direção do grupo canadense Largo Resources Ltda (Largo Mineração) lançaram, na cidade, a pedra fundamental da primeira mineradora de vanádio das Américas. A mina tem o potencial de elevar o Brasil de importador a exportador do minério.
O vanádio é um minério essencial na indústria siderúrgica, usado em beneficiamento de aço, na indústria aeroespacial, de petróleo e gás, produção de ferramentas manuais e materiais cirúrgicos. De acordo com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), a jazida em Maracás é considerada a melhor do mundo, podendo se tornar produtora estratégica em nível global.
De acordo com o governador, a Bahia é hoje o estado mais bem posicionado em termos de geoprocessamento, o que dá uma condição de oferecer oportunidades de investimentos para a iniciativa privada, a partir das informações disponibilizadas pela CBPM. “Com isso, o município passa a receber royalties que serão usados na melhoria das condições de vida da população, nas áreas de educação e habitação”.
Segundo Wagner a Bahia é o estado que possui o maior número de pedidos ao governo federal de direito de prospecção e de lavra. “Por isso, temos a Bamin, que está aguardando apenas uma regulamentação definitiva da presidenta Dilma para começar a explorar o ferro de Caetité. Em Santa Luz temos ouro. Em Marcionílio Souza, outra mina de ferro. Com tudo isso, a Bahia já é hoje o terceiro estado em produção mineral”.

Atração de investimentos - O governador destacou a atuação do estado na atração de investimentos. "São ações como essa, de atração de investimentos, que possibilitaram, em seis anos, a geração de mais de 200 mil postos de trabalho com carteira assinada. E o mais importante é que 62% desses postos foram no interior, nas áreas de agronegócio, apoio a pequenas indústrias, serviços, mineração, entre outros".
A técnica em enfermagem Marlúcia Menezes, moradora de Maracás, já faz parte da equipe da mineradora. “Antes do início das atividades da empresa, a única opção no meu segmento era trabalhar para a prefeitura local. Com a chegada da mineradora, eu tive esta oportunidade e estou trabalhando”.
Para a exploração do vanádio pela empresa, uma das condicionantes é que do total investido, R$ 5 milhões sejam destinados a obras socioambientais voltadas para a comunidade local.

Doação - O diretor administrativo da Largo Mineração, Paulo Viana, informou que serão realizados investimentos nas áreas da saúde, educação e segurança pública, beneficiando Maracás e outros municípios da região com reformas de escolas e melhorias de bibliotecas. Além disso, fazer doação de ambulâncias e viaturas para a polícia e promover melhorias nos hospitais.
O agricultor Antônio Caetano, da localidade de Água Branca, em Maracás, já percebe as melhorias que a mineradora está proporcionando para a comunidade. “Este ano mesmo a empresa fez uma grande doação no momento que a gente mais estava necessitando, por causa da seca. Os jovens também têm motivação para estudar, porque sabem que depois terão oportunidade de trabalhar”.

Produção baiana tornará o país autossuficiente e exportador

Segundo o diretor financeiro da Largo Mineração, Luciano Chaves, de 2007 até agora foram realizadas diversas etapas fundamentais para a implantação do empreendimento. “Passamos pelos licenciamentos ambiental e mineral e a captação de financiamento. O Governo do Estado foi um grande parceiro nestas fases. Contamos com o benefício do Programa Desenvolve, que viabiliza o projeto”.
Chaves explicou que, depois de muitas pesquisas, os geólogos constataram que a região concentra a melhor reserva do mundo em termos de teor de vanádio. “É uma reserva muito especial, que vai ser muito importante para o município, a Bahia e o Brasil. O país, que ainda é importador de vanádio, vai se tornar autossuficiente e exportador, podendo suprir cerca de 10% do mercado mundial”.

21/02/13
Grr/is

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