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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Solidariedade


 Sempre falei de solidariedade sem realmente saber o sentido dessa palavra. Ontem, (terça-feira de carnaval de 2013), depois de 44 longos anos de vida, vim descobrir e sentir o prazer de ser solidário. Sensação única, vivida quando você ajuda alguém que realmente precisa de ajuda, ou quando você dedica parte do seu tempo por uma causa nobre sem levar vantagem ou fins lucrativos. Quero deixar bem claro que não procurei no Google ou em nenhum dicionário o significado dessa palavra, só estou seguindo e expondo o meu ponto de vista sobre o que acho dessa palavra.

O dia hoje foi magnífico! Estive mais uma vez no Assentamento Agrícola Campo Novo, com minha esposa Fátima, minha filha Gabriela e o meu sobrinho Maicon; o meu cunhado Marcos Oliveira, juntamente com o meu co-cunhado Sandro, sua esposa Nininha e seus filhos Alexia e Alexander fazendo parte dessa empreitada.

Levamos algumas doações: o jovem Vinícius doou um saco de cimento; Leandro Barros (Lilão) também doou um saco de cimento; os outros dois sacos de cimento e meio metro de areia lavada ficou por conta da doação de Kaká Martins (Cacá doou R$ 350, e ainda temos R$ 270 de crédito). Levamos também algumas sacolas de roupas, sapatos e alguns brinquedos, doados por Nininha, Marcos, Dona Maria, Inês, Hélia do Tarô e minha filha Gabriela.

A comunidade vestiu a camisa literalmente e passou o dia dedicado a fazer massa e levantar blocos, como se estivessem em um parque de diversões. Nunca tinha visto indivíduos tão dedicados e empenhados com algo não remunerado. Só pararam para comer uma deliciosa feijoada feita Luzia (esposa de Arnaldo). O descanso foi pouco, e logo eles voltaram ao batente. Enquanto dois faziam massa, outros dois peneiravam a areia que era trazida por outro morador que cavava areia de barranco. Uma última equipe passou o dia na mata, beneficiando uma árvore caída para transformar o imenso tronco em peças e ripões para o telhado.

Fiquei satisfeito e ao mesmo tempo envergonhado por ver um povo tão humilde e tão solidário. Achei eu que, por ter estudado e vivido em “bons ambientes”, iria levar conhecimento para eles (afinal muitos deles mal sabem ler), mas a cada dia tenho aprendido muito com essas pessoas humildes, que vivem e sobrevivem da terra e são verdadeiros doutores do meio ambiente.
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Texto: Arnold Coêlho






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