A
Bahia poderá entrar no seleto grupo dos maiores produtores mundiais de
diamantes com a instalação da Lipari Mineração, no município de Nordestina, a 259 quilômetros de
Salvador, na região do semiárido baiano. Com capitais de Hong Kong, Bélgica e
Canadá a empresa investirá R$ 100 milhões e começará produzir diamantes na mina
de Baraúna, em escala comercial, no primeiro trimestre de 2015.
A
produção média anual de diamantes é estimada em 225 mil quilates, ao longo da
vida útil de 7 anos da mina à céu aberto, com possibilidade de exploração também
de mina subterrânea. A mineração de
Nordestina será a primeira mina de diamante de fontes primárias –kimberlitos –
da América do Sul e está localizada a apenas 84 quilômetros da
mina de ouro da Yamana Gold, no município de Santa Luz.
“Produzir diamantes é abrilhantar todo um
trabalho feito pelo Governo do Estado, pelo Departamento Nacional de Produção Mineral
(DNPM) e pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) em apostar, de fato,
na mineração baiana”, disse o secretário da Indústria, Comércio e Mineração,
James Correia.
Investimentos - Segundo ele,
somente no setor mineral, “estamos com uma carteira de recursos da ordem de R$
31 bilhões, em investimentos e pesquisas, previstos até 2016” . De acordo com informações
da Lipari Mineração, o Projeto Braúna abrange 22 ocorrências de
kimberlito. O depósito Br-03 é o maior
dentre elas, sendo foco dos trabalhos de pesquisa gemológica e desenvolvimento
desde 2008.
“Em
cinco anos, os resultados da unidade Br-03 foram altamente positivos, sendo
extraídos os primeiros diamantes baianos da mina situada em Nordestina”,
informou o empresário canadense Keneth W. Johnson, diretor-geral da Lipari.
Segundo ele, em janeiro deste ano a empresa atualizou a estimativa de recursos minerais
do depósito kimberlítico, com potencial mineral de mais 1,7 milhões de
quilates.
Ainda
de acordo com Keneth, a meta da empresa é tornar-se a maior produtora de
diamantes brutos da América do Sul. “A visão a longo prazo da Lipari em relação
ao mercado de diamantes brutos é positiva, tendo em vista uma diminuição da
oferta pelas minas de diamantes e uma demanda crescente, particularmente em
mercados em desenvolvimento, o que resultará em um crescimento real dos preços
à longo prazo”.
O
projeto da Lipari vai ser diretamente beneficiado pela redução das alíquotas de
ICMS para gemas e jóias. “O Governo da Bahia reduziu a alíquota de 16% para 4%.
E o resultado é que temos 19 empresas pagando tributos contra quase zero do
passado”, diz o secretário James Correia.
Ias/rn-22.04.13
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